O déficit de atenção é tratado com o uso de medicamentos com fórmulas que atuam no lugar da dopamina, regulando as atividades do córtex pré-frontal. Dessa maneira se restabelece o foco e a concentração durante o período de ação do medicamento, que costuma variar entre 12 a 24 horas, dependendo do tipo prescrito.
Não são raras as vezes em que o portador de déficit de atenção, seja ele criança ou adulto, é visto apenas como uma pessoa distraída, que vive com a cabeça “no mundo da lua”, e não presta atenção à sua volta por mero descuido.
Apesar de o DDA apresentar essa característica da falta de foco e distração, suas causas e, principalmente, suas consequências são bem mais graves.
Os quadros de Distúrbio do Déficit de Atenção são ocasionados por uma disfunção neurológica, que afeta o funcionamento do córtex pré-frontal. Essa é a área do cérebro responsável pela atenção, organização, controle de impulsos e capacidade de expressar sentimentos, entre outras. Tal disfunção se dá, em parte, pela deficiência do neurotransmissor Dopamina.
Em função disso, a pessoa com DDA encontra sérias dificuldades ao buscar de toda maneira, a concentração necessária. Quando o indivíduo tenta excessivamente focar numa tarefa, ao invés de aumentar, a atividade do córtex pré-frontal diminui, piorando o quadro.
Por isso, o diagnóstico deve ser feito de forma precisa, para que o tratamento correto seja iniciado o quanto antes. Esse diagnóstico é clínico, e deve ser obtido em consulta com o neurologista ou psiquiatra. Os exames de imagem não são necessários, a menos que se queira descartar a presença de outras patologias.
A principal diferença entre Distúrbio de Déficit de Atenção e Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade está na última palavra da sigla TDAH. Ambos, na verdade, são transtornos neurobiológicos de origem genética, assim reconhecidos pela Organização Mundial da Saúde – OMS.
O portador de TDAH apresenta desde a infância os sintomas de desatenção, inquietude excessiva e impulsividade. Sintomas estes que o acompanharão por toda a vida. Já a hiperatividade tende a melhorar com o avanço da idade.
Nos casos de DDA, todavia, a inquietude também aparece, assim como as outras características, comuns aos dois casos. Porém, o grau de agitação é menor, e por isso é excluída a hiperatividade.
Alguns profissionais da área utilizam as siglas TDA e TDAH ou DDA e DDAH, mostrando que a principal diferença entre elas está mesmo no H da hiperatividade.
No entanto, observa-se ainda que o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade nasce com o indivíduo, e por isso é sempre mais observado em crianças. Já o DDA pode aparecer apenas na idade adulta.